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sábado, 28 de junho de 2008

OS CAPELINHOS EM JUNHO/JULHO DE 1958

A partir da crise sísmica da noite de 12 para 13 de Maio de 1958, a erupção do vulcão dos Capelinhos deixou de ser afectada pela intrada de água do do mar no interior da chaminé vulcânica, pelo que a actividade eruptiva transformou-se de essencialmente submarina para subaérea.

[ foto publicada em: Machado, F. e Forjaz, V. H. (1968) "Actividade Vulcânica do Faial - 1957-67" Ed. Com. Reg. Turismo Distrito da Horta]

Assim, a actividade que era do tipo surtsiana, mais explosiva e grandes emissões de vapor, para estromboliana, com o aparecimento de escoadas de lava e projecção de respingos de lava ao longo de explosões de menores dimensões (não tão pequenas quanto isso, em 2001 o Etna ensinou-me quão perigosas estas podem ainda ser para os que se aventuram estar perto).
Durante a noite a actividade estromboliana pode dar origem a espectáculos de repuxos de lava de uma beleza difícil de descrever por escrito.

Em Junho e Julho, no essencial, esta actividade não sofreu alterações dignas de nota, por isso este post da série quase mensal e a relatar a história desta erupção no seu quinquagésimo anivérsário é comum aos dois meses em causa.

3 comentários:

Pedrita disse...

não conhecia. beijos, pedrita

Avó Pirueta disse...

Bom dia, Geocrusoe. Não sei se deitaste os olhos à lista das coisas de que gosto. Pois eu acho que, apesar do perigo, iria gostar de assistir a uma erupção estromboliana deste tipo. Bem, mas também dispenso, tendo em conta os perigos generalizados. Por outro lado, eu sinto que se os vulcões entram em actividade é porque é nevessário. Sinto como se a Terra tivesse necessidade de se libertar de um pouco do stress imenso que o Homem lhe provoca diariamente.
Diverte-te no seu S. Pedro e depois aguarda pelo Outono para teres o espaço e a beleza por tua conta. Se puderes, ouve um fado do Camané que se chama "A minha Rua no Outono". Vais achar divertido o contraste.
Um abraço. Afinal, tu és mesmo da idade do meu filho! Reparei depois.
Tudo de bom para ti, desejos da Avó Pirueta.

Carlos Faria disse...

a maria do carmo cruz
Um vulcão ao vivo é um espectáculo que pode provocar terror... mas é de uma beleza impossível de descrever na sua plenitude.
Quanto à necessidade dos vulcões, eles ocorrem de facto por a Terra necessitar de compensações e são efectivamente um escape para alcançar o equilíbrio da várias forças e factores a que se encontra sujeita.
Sendo da idade do seu filho, compreenderá bem muitas das coisas que e como passámos e os tiques da geração, bons e maus são os nossos e cada uma terá os seus.
Gosto muito que cá venha e já tinha visto o seu perfil completo, faço por norma antes de fazer qualquer comentário no blog, para me localizar.