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terça-feira, 15 de setembro de 2009

POETAS E POEMAS ESCOLHIDOS VIII - Paulo Freitas

O bobo de Coria (Velasquez), imagem daqui

Eu serei breve:
brevemente demorado.
Não sei...
Eu serei leve e pesado.
Amor, eu serei...
serei eu talvez perdidamente.
Perdidamente alucinado!
Eu não serei mais que alucinado, vês?!
Não sei!
Deixa-me ser louco.
Serei teu pouco a pouco;
de uma só vez!
Amor... Completamente.

in "Amores de Raiva"
Ed. do Autor 1999

3 comentários:

Pedrita disse...

que lindo: "eu serei breve: brevemente demorado." e que linda imagem. adorei o post. beijos, pedrita

Reciclando Hábitos, Mudando Atitudes disse...

ola caro colega, realmente nos aqui no Brasil estabelecemos como fossil apenas os vestigios de animais e plantas, transformados em rochas e que tenham mais de 11 mil anos, data aproximada da ultima glaciação. O que voces entendem por fossil?

Carlos Faria disse...

à pedrita
eu gosto muito do poema e do quadro. penso que a personagem com aquele aspecto ao dizer:

Deixa-me ser louco.
Serei teu pouco a pouco;
de uma só vez!
Amor... Completamente.

Dá uma grande amplitude aos versos.

ao professor elias
pois eu não conheço nenhuma definição temporal para fóssil, embora possa existir, mas sei que numa ilha onde as rochas mais antigas conhecidas nem chegam a 1 Ma e que só está habitada há 600 anos, quase tudo o que é registo litificado antes do povoamento é como se fosse um fóssil ;)
Sei que temos impressões de folhas em tufos vulcânicos com poucos milhares de anos e chamamo-lhes fósseis, até pode estar errado.