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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Maravilhas alentejanas 2: povoações fortificadas da raia

A zona raiana portuguesa foi durante séculos palco de combates fronteiriços, o que levou à construção de castelos e de povoamento preferencial associal a estas instalações castrenses. A fronteira do alentejo, talvez por ser de baixa densidade populacional e distante dos grandes centros de decisão nacional, pode-se dizer que estagnou em parte no tempo o que permitiu a conservação patrimonial de magníficas povoações muralhadas, das quais destaco as duas que visitei nestas férias:
 Monsaraz
  
 Localizada no Baixo Alentejo, distrito de Évora já foi sede de concelho e está implantada no cimo de um relevo fronteiriço nas margens da nova lagoa do barragem do Alqueva, desenvolve-se toda ela no interior de muralhas com moradias brancas, ruas estreitas, ruas calcetadas de xisto que lhe conferem uma beleza rústica e ternurenta difícil de igualar. Uma das aldeias mais belas de Portugal.
e
Marvão
Localizada no Alto Alentejo, distrito de Portalegre é ainda sede de concelho e está implantada no cimo de um escarpado fronteiriço, desenvolvendo-se toda ela no interior de muralhas com moradias brancas, molduras normalmente acastanhadas, ruas estreitas, ruas calcetadas com quartzito e xisto com um grande equilíbrio de cores. Sem dúvida uma das vilas mais belas de Portugal que é alvo de uma candidatura a património da humanidade da UNESCO.

Duas povoações que só por si justificam uma viagem ao Alentejo profundo da fronteira.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Maravilhas alentejanas: arqueologia

Se Évora é uma pérola patrimonial com uma grande riqueza histórica e cultural que se estendeu à pintura e à música; o Alentejo rural assemelha-se como um jardim onde, no lugar de flores, se encontram tesouros dos mais variados géneros. O domínio da arqueologia é sem dúvida um dos campos mais ricos desta provincia:

O cromeleque de Almendres nos arredores de Évora é sem dúvida uma das maiores surpresas destas estruturas provavelmente religiosas do período pré-histórico nos arredores de Évora, mas em torno desta cidade não faltam outros cromeleques, menires contemporâneos desta maravilha, sinais da importante ocupação humana nos mílénios IV a VI antes de Cristo.

Já no período Romano, mais afastado de Évora, mas também no Baixo Alentejo, a vila romana de São Cucufate são sem dúvida outra bela surpresa da importância desta região no império romano no contexto ibérico.

Como frequentemente acontece, aos maiores imóveis romanos, segue-se o aproveitamento cristão e em S Cucufate o fenómeno acontece com antigos frescos com um grau de conservação assombroso.


Castelos, igrejas, palácios e povoados antigos surgem com uma elevada frequência na paisagem e assinalam a história de Portugal que já se aproxima de um milénio, motivo para os numerosos imóveis dispersos, sobretudo nos pontos mais elevados da planície alentejana... mas o tema destes últimos ficará para um artigo futuro.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A conhecer Portugal: Évora

 Évora, uma cidade Portuguesa, património mundial e já importante no império romano que eu nunca visitara, mas que me está a surpreender pela positiva
Bela, não só pelos monumentos, mas também pela harmonia dos imóveis mais simples, dentro das muralhas continua calma apesar da sua riqueza, bem conservada e boa gastronomia.

 Alegre devido à juventude universitária que deambula entre imóveis milenares.
Sem esquecer os seus museus com o espólio deixado Frei Manuel do Cenáculo e as obras de Vieira Lusitano, uma magnífica surpresa da riqueza artística de Évora... uma cidade a visitar sem dúvida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Férias cá dentro

Parque das Nações em Lisboa

Como hábito outono para mim é a estação das férias e de potenciais viagens a conhecer o mundo ou os meus dois Países: Canada e Portugal.
Este ano faço férias cá no Estado onde vivo, por agora de visita à capital, depois deverá haver alguma viagem cá dentro, até porque Portugal tem terras igualmente muito bonitas.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O visconde cortado ao meio - Italo Calvino

Mais informações aqui


Sabemos que o ser humano é constituído de partes boas e más, mas se o partíssemos ao meio separando estas partes como seria?
Uma alegoria que mostra a genialidade que é o escritor Italo Calvino, um dos meus escritores prediletos.
Interessante também que para alguns, mesmo que pretendam alcançar a perfeição, o bem pode mesmo ser incómodo e, por vezes, até o mal melhor tolerado.
Um excelente livro onde, além do mal e do bem em confronto para reflexão, também existe o tempero do amor, num texto que talvez não seja tão surrealista quanto o estilo. Adorei!

Um livro que integra a lista das recomendações do Plano Nacional de Leitura

sábado, 6 de outubro de 2012

Sputinik, meu amor - Haruki Murakami



Ao fim de muito tempo de ouvir falar, mas sem nunca me ter interessado em ler; li pela primeira vez um livro da Haruki Murakami, "Sputnik, meu amor". Não sendo um livro cor de rosa, também não é de grande profundidade literária, digamos um "crossover" entre uma obra mais comercial que junta alguma reflexão inteletual e com uma escrita escorreita. Murakami, apesar de ser japonês, enche a obra de referências à cultura ocidental: música, literatura e seu autores, como se o escritor, sem renegar as suas origens, estivesse exageradamente interessado em mostrar-se ao ocidente. Não desgostei do livro em termos de lazer, tem momentos com alguma profundidade, outros que roçam mundos mágicos, mas sempre com uma tristeza latente aos amores que desde o início se percebem ser impossíveis de se completarem. Para alguns, estes serão menos naturais, mas inteiramente viáveis nos sentimentos e desejos humanos e expostos de uma forma sem preconceitos e sem imposições.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Dia Internacional da Música um compositor açoriano

Ao longo de todo o ano ouço sobretudo música erudita não nacional... hoje, no dia internacional da música uma exceção: duas interpretações por sopranos portuguesas, numa canção composta pelo açoriano Francisco Lacerda.

A sua preferência fica ao critério de quem ouvir as duas variantes da mesma obra.